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sábado, 22 de novembro de 2008

Análise a um discurso

http://www.softwarelivre.org/news/3653

Argumentar é a arte de utilizar palavras para defender uma ideia, ou seja uma tese, da qual somos ou não a favor. Tem como principal objectivo conquistar a atenção do ouvinte às teses apresentadas pelo orador, influenciando-o.
A argumentação deve ser clara e lógica; a maneira e a intensidade com que se expõem as ideias devem ser o mais cativante possível para adquirir a adesão do auditório.
Neste discurso o deputado Francisco Louçã, ao tentar defender a sua tese, acaba por desvalorizá-la.
Uma tese deve, supostamente, ser uma ideia formulada numa frase breve enunciativa em que, o autor desta deve demonstrar a sua validade. O deputado do bloco de esquerda faz exactamente o oposto.
Os “entre vírgulas” inseridos para reforçar as ideias fazem com que o discurso se perca em algumas partes, tornando-se indirecto e incompreensível. O facto de não se centrar somente no referido tema, patentes de software, dissipa a atenção do auditório e em consequência torna-se cansativo e não perspicaz.
Além deste erro que se torna relevante, a construção frásica também deixa muito a desejar. Vírgulas a mais ou a menos, temas intercalados e a escassa utilização de figuras de estilo dispersam o espectador e principalmente a argumentação em si.
Tenho também a referir que a ideia geral do discurso raramente é mencionada. Isto leva a que o ouvinte se perca do tema, ou não o compreenda com tanta facilidade.
Concluindo, o deputado Francisco Louça não é claro, objectivo nem astuto na defesa da sua tese, isto na minha opinião claro.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mito de Bandarra

O mito de Bandarra foi e ainda é um dos fenómenos de superstição colectiva de um povo mais tratado tanto em Portugal como no Brasil. Este grandioso mito envolve essencialmente a morte de D. Sebastião e a sua contestada ressurreição.
A história começa em 1530 quando D. João III, rei de Portugal na altura, entrou em conflitos com os lavradores, devido a posses que entregou a D. Fernando, vindo essas posses para seu puder novamente após a morte deste último. Nesse período de grande revolta, um poeta de seu nome Gonçalo Anes Bandarra, escreveu e publicou algumas trovas. Bandarra era grande admirador da Bíblia e, como tal, lia-a imensas vezes em português.
Grande era o convívio que Gonçalo Anes Bandarra mantinha com os cristãos-novos, e essa camaradagem levou a que estes se interessassem e ouvissem o versejar de Bandarra, levando-o a atingir uma dimensão grandiosa. As trovas do seu poetar eram consideradas injuriosas para com o rei; mas como, Bandarra, humilde e trabalhador sapateiro da época utilizava termos que nem mesmo ele saboreava o sentido do seu significado, resultavam umas trovas com variados sentidos e interpretações.
Os novos-cristãos, como entendiam as trovas de Bandarra como um “atentado” ao rei, começaram a fazer circular cópias dentro da hierarquia real destes mesmos.
O novato a escritor baseava-se muito em coisas sobre a Bíblia e o Messias, e os cristãos-novos começaram a pensar que viria esse Messias, mas, no fundo as trovas eram um apelo para que D. João III viesse proteger os da vila contra a ambição do tal infante que queria imediatamente cobrar impostos a toda a gente.
A Inquisição, atenta a todo este processo mandou prender Bandarra por julgar que este defendia o judaísmo, mas como os próprios judeus achavam que as trovas dele eram diferentes e eram contra elas, Bandarra foi libertado. Porém, impediram que mais trovas por ele fossem escritas.
Foi a partir daí que começou a parte da história que abalou toda a estrutura emocional do povo português. Com a morte de D.Sebastião em batalha contra os mouros, começou a correr em todo Portugal as trovas do Bandarra, uma vez que ninguém havia visto o rei D. Sebastião morrer na batalha, embora dissessem ter visto o rei em vários lugar e a até se pôs a possibilidade do seu regresso.
Passado um tempo as leituras das trovas, não eram apenas lidas pelos cristãos-novos, mas também pelos nobres que achavam que nelas estava o segredo da volta de D.Sebastião. Nobres estes que acabaram por acrescentar novas versões às trovas e mesmo a restauração de Portugal sobre a Espanha veio confirmar que estas estavam certas.
Bandarra foi considerado um verdadeiro profeta, sendo que, até o próprio arcebispo de Lisboa mandou fazer uma estátua com a sua imagem e colocou-a num altar em Lisboa, e fez com que o rei D.João IV prometesse devolver o trono a Gonçalo na reaparição.
Assim se formou o "Bandarrismo" e ficando para sempre os que esperam pelo Messias, (os judeus) e os que continuam à espera, como o mito diz, “do rei que há-de voltar numa manha de nevoeiro”.
O próprio Padre Vieira, foi um fã absoluto do Sebastianismo e acreditou até ao leito da sua morte que Portugal seria o mentor do Império Universal e que os judeus e cristãos se uniriam numa nova igreja livre de todos os pecados.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Os nossos olhos são diferentes todos os dias"

Cada dia é um dia; cada passo que dás, cada sorriso que lanças, cada olhar, cada brisa de vento, cada acontecimento… Não existem dois dias iguais, nem duas horas, nem dois minutos. O conhecimento adquere-se todos os dias da nossa vida. Nascemos apenas com a certeza que nascemos, sem saber nada de nós, dos outros, nem do Mundo que nos rodeia, e ao longo da vida vamos aprendendo uma pequena quantidade do que há para saber sobre o Universo, sobre a Vida. Quanto mais velhos mais sábios? Sim, talvez. Mas, sem esquecer que, nunca, nem possuindo a eternidade e/ou a imortalidade, se sabe tudo o que existe para saber. Nem os mais sábios, os mais conhecedores tiveram esse grandioso poder da sabedoria por completo.
Os nossos olhos são diferentes todos os dias sim, mas não cientificamente. Não com pergunta fechada. Os nossos olhos têm sempre a mesma cor, o mesmo feitio, mas não o mesmo conhecimento. Todos os dias aprendemos, vemos, sabemos, conhecemos coisas que para nós eram o obscuro, o mistério, o ponto de interrogação em nós, aquele que existe sempre, em todas as pessoas, até ao dia em que morremos. A incógnita vive connosco dia após dia. Difere os nossos olhos a cada acontecimento novo, e acreditem, nunca os deixa ficarem iguais durante um dia.
É um facto; é impossível sabermos tudo do Mundo, ou sobre o Mundo.

Slogan de Fernando Pessoa

“Primeiro entranha-se, depois estranha-se.”
Este slogan da “Coca-cola”, escrito por Fernando Pessoa a pedido desta mesma, foi, e ainda é, bastante utilizado pela população portuguesa. Slogan este que fez com que a “Coca-Cola” fosse banida de Portugal. Em 1928, quando o slogan foi lançado, as vendas aumentaram repentinamente, mas, não por muito tempo. O acontecimento deu-se devido ao facto do director de Saúde de Lisboa achar que, como o produto faz parte da coca, e desta é extraído o narcótico “cocaína”, o produto não deveria ser vendido ao público, mas, se o mesmo produto não tinha cocaína, então chama-lo de “COCA-cola” seria enganar os compradores, logo, justificava que o produto não fosse permitido no mercado. Então, o director de Saúde de Lisboa mandou apreender todas as “Coca-colas” existentes no mercado e atirá-las ao mar, sendo a venda destas novamente legal apenas após 25 de Abril de 1974. Esta enorme agitação foi devida ao slogan de Fernando Pessoa, ao qual o director de Saúde de Lisboa entendeu que este mesmo slogan considerava que o produto tinha estupefacientes, pois se primeiro se estranhava e depois se entranhava, isso é justamente o que ocorre com os estupefacientes que, embora tomados a primeira vez com estranheza, o paciente acaba por se habituar.
Ora, a “Coca-cola”, achando que, como o grande escritor tinha uma grande importância e reputação em Portugal, e o seu dito slogan aumentaria gradualmente as vendas, convidou-o. Mas, Fernando Pessoa foi atraiçoado pelo seu próprio dom na escrita, e pela sua grande imaginação e astúcia. Acontece; mas ainda bem!
Escritores portugueses ao darem a sua cara, a sua imagem, a sua sabedoria e arte na escrita para estes efeitos publicitários fazem com que a marca seja bem intitulada e, ao mesmo tempo dão uma lição de bom português. As empresas de marketing só têm a aprender!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Texto narrativo

Naquele parque, onde a cada estrela que brilhava no céu, uma lágrima tocava a sua face, Maria encontrava-se em pranto; lavada em lágrimas após a dolorosa notícia que eu lhe transmitira.
A noite anterior tinha sido chuvosa; relâmpagos imensos invadiam o escuro céu; mas, esse facto não impediu a mãe da Maria a seguir viagem para o Porto, onde iria presenciar a uma importante reunião do seu emprego.
Essa mesma noite que acabara da pior maneira. A mãe da Maria tinha tido um acidente e falecera. A notícia foi-me dada a mim, e, como melhor amiga da Maria tinha de respirar fundo, ganhar coragem e contar-lhe o sucedido.
- Estás a brincar parva. Não gozes… Com essas coisas não se brincam.
O seu ar de euforia era notável. Euforia esta vinda de uma profunda dor. O coração dela tinha congelado de emoção.
Não lhe disse mais nada. Apenas o olhar foi necessário para que ela entendesse que era realmente verdade, era realidade, e não mais um dos sonhos que ela, vezes sem conta, me contava que tinha tido acerca da trágica morte do seu pai. Sim, a Maria estava órfã. Era a mais cruel das realidades.
Parou! Vi-a a olhar-me; não havia nada naqueles olhos verdes; apenas um vazio sem fim. Abracei-a da melhor maneira que sei, e ouvi-a chorar horas a fio, ali, naquele parque onde passamos tantos bons momentos juntas.
O que é que a esperava agora? Só me tinha a mim e ao resto dos nossos amigos. Éramos muito para ela, e somos, mas, será q é o suficiente? Não tinha com quem ficar… E o amor e carinho dos pais? Aquilo que precisamos sempre, mesmo não querendo admitir. Sentia-se perdida. O medo apavorava-lhe a alma. Sim o medo, o medo da vida, e do que esta lhe reservava. O medo do futuro.

sábado, 31 de maio de 2008

Correspondência de Fradique Mendes

“Um homem só deve fallar, com impeccavel segurança e pureza, a língua da sua terra: - todas as outras as deve fallar mal, orgulhosamente mal, com aquelle accento chato e falsoque denuncia logo o estrangeiro. Na língua verdadeiramente reside a nacionalidade; e quem fôr possuindo com crescente perfeição os idiomas da Europa vai gradualmente soffrendo uma desnacionalisação.”

“Meu bom amigo, uma religião a que se elimine o ritual desapparece – porque as religiões para os homens (com excepção dos raros Metaphysicos, Moralistas e Mysticos) não passa d’um conjunto de ritos através dos quaes cada povo procura estabelecer uma communicação intima com o seu Deus e obter d’elle favores. Este, só este, tem sudo o fim de todos os cultos , desde o mais primitivo, di culto de Indra, até ao culto recente do coração de Maria, que tanto o escandalisa na sua parochia – oh incorrigível beato do idealismo!”

“Chagáramos a uma estação que chamam de Sacavém – e tudo o que os meus olhos arregalados iram do meu paiz, através dos vidros húmidos do wagon, foi uma densa treva, onde mortiçamente surgiram aqui e além luzinhas remotas e vagas.”

“Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres, todos fazemos parte do estado, e todos nos tratamos por Excelência.”

“Era a bonacheirice, a relassa fraqueza que nos enlaça a todos nós portugueses, nos enche de culpada indulencia uns para os outros, e irremediavelmente estraga entre nós toda a disciplina e toda a ordem.”

(as frases encontram-se com a escrita equivalente ao original no livro.)

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dia da Liberdade

Naquele marcante dia de 1974, no mês das chuvas mil, os cravos ergueram-se em nome da liberdade. As almas cheias de vida; coração espontâneo, independente de opressão ou qualquer barreira em frente de caminhos dissuadidos, soltos por Portugal.
Este foi o dia que, agora, pode dizer-se desmemoriado. Todos os homens, mulheres, crianças, que assistiram e/ou até sofreram na pele a ditadura de Salazar, postos em esquecimento pelo actual povo português. Estes seres humanos que nos trouxeram o doce sabor de ser livre, o delicioso prazer de falar, a ternura do sentimento com que se escreve, ou até com que se canta…
O chamado fascismo, levado a cabo naqueles dolorosos anos, foi vencido pelo povo, pela “união faz a força”, por antepassados nossos que deveriam ser para nós uma força exemplar, um motivo de orgulho extremo, que devíamos honrar a cada ano que passa.
A memorável revolução dos cravos deve ser recordada, não neste dia, como também a cada dia que passa, em que a falta de esperança invade o coração de qualquer lusitano.
“O povo, unido, jamais será vencido!”

Os Presos Emancipados

Tinham um sorriso aberto ao Mundo
Tinham sonhos e fantasias
Pensamentos surreais.
Tinham ideias no coração mudo
Com voz grave e crescente
Que ultrapassava vendavais.

Tinham como espírito verdadeiro
O de um pássaro livre
Voando por entre céus;
Os jardins verdes
De onde transpirava
A culpa dos réus.

Tinham princípio e fim como mortais
E sentimentos
Que comandavam os seus portais.
Levavam tudo ou nada
Como a impossibilidade da vida,
Termos resplandescida na mão.

domingo, 13 de abril de 2008

A nova geração

Adolescentes indisciplinados, atitudes violentas e desrespeito para com os professores. Estes são comportamentos contrários ao designado normal e correctamente indicado.
Referindo-me ao caso do “telemóvel”, atitude extremamente incorrecta e inaceitável.
Tais comportamentos negativos levam Portugal a transparecer uma péssima imagem.
Será a protecção supérflua dos pais a responsável pela situação? As excessivas horas de trabalho ocupam os preocupados pais demasiadamente?
Por vezes, famílias emocionalmente desequilibradas levam a transtornos nestas “pequenas mentes”. O ambiente familiar pode reflectir-se na conduta dos adolescentes portugueses.
Mas o problema não é apenas esse. Ás vezes os professores não (re) agem da forma mais adequada.
Os professores nem sempre são o melhor exemplo a seguir.
Mas, daqui, a atitude parte de cada um, é individual. O aluno tem pensamento e consciência própria, pessoal, actua voluntariamente.
É necessário modificar comportamentos e transmitir imagens positivas desta “nova geração”.

quarta-feira, 12 de março de 2008

A Verdade da Mentira

Os mass media tendem a influenciar a sociedade de modo possessivo e imediato.
São estes meios de comunicação as novas escolas para a população? Não só substituiriam as escolas, bem como qualquer tipo de educação: cultural, religiosa, cívica e até o “ser pessoa” de cada um de nós.
É imposta uma cultura única à qual somos extremamente incentivados a seguir, perdendo assim a capacidade de opinião própria, pensamento, observação, raciocínio, etc.
A reflexão do indivíduo perante o que lê, ouve ou vê fica imersa no pensamento, esquecendo a realidade. Isto é, o individuo cria a sua própria reflexão, mas ao ser informado pelos mass media, a opinião é reformulada, ou seja este deixa-se influenciar. Assim a opinião própria é deixada de parte, enquanto a opinião formulada pelos meios de comunicação é tomada como “reflexão principal”. Assim, a verdadeira reflexão, a que parte unicamente de nós, é esquecida.
Mas será que a culpa é apenas e totalmente dos mass media, ou será maioritariamente nossa? A esta pergunta segue uma única e correcta resposta: o ser humano é livre para fazer o que quer, aceitando ou não qualquer tipo de informação, agindo ou não consoante o que lhe dizem ou ordenam.
A conclusão a tirar deste tema é que os mass media formulam os temas a seu favor ou como mais lhes agrada, mas nós, povo, temos o direito, e até o dever de criar a nossa própria teoria.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Poema

Será paixão?
Será felicidade?
Talvez minha ilusão
Por detrás da tua realidade.

Aquele aperto no coração
Que o medo da saudade
Anseio por afastar
Mas a distancia é verdade

O arrepio distante
Que a palavra "Amo-te" provoca
Sem o sentimento
Ser realmente sentido.

O teu simples olhar,
O teu doce sorriso.
Todas as maravilhosas palavras
Guardá-las-ei como pediste.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Florbela Espanca - "Viver é não saber que se vive"

Biografia:
Florbela Espanca era uma poetisa portuguesa, nascida em Vila Viçosa a 1894. Viveu toda a sua vida com o seu pai, madrasta e irmão com quem mantinha uma ligação muito forte. Casou-se 3 vezes e todas essas falhadas.
Estudou no liceu de Évora e em 1917 concluio a secção de Letras do Curso dos Liceus. Nesse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que procuravam impor-se. Colaborou em jornais e revistas. Em 1919 publicou a sua primeira obra poética: “Livro de Mágoas”. Em 1923, “publicou o Livro de Sóror Saudade”.
Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos, tendo sido apresentada como causa da morte um «edema pulmonar».
Enquanto escritora:
As obras de Florbela caracterizam-se por acontecimentos que marcaram profundamente a sua vida (casamentos falhados, desilusões amorosas, a morte do irmão, etc). Na poesia ela recorria a temas do sofrimento, solidão, desencanto, mas também uma imensa ternura e um desejo de felicidade e grandeza. Com uma linguagem violenta é de um sensualismo muitas vezes erótico. A paisagem Alentejana é muitas vezes apresentada quer em imagens quer nos poemas por ela escritos.
A prosa de Florbela exprime-se através do conto e de um diário que escreveu antes da sua morte e em cartas várias. Nas diferentes manifestações sobressaem qualidades nem sempre presentes, naturalidade e simplicidade.
Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Segue a linha de António Nobre, mas a técnica do soneto, que a celebrizou, é sobretudo, influência de Antero de Quental e de Camões. É considerada a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX. Alguns críticos atribuíram-lhe o “dom-joanismo” no feminino.

A Poesia

Um mar de emoções, onde todas elas são bem vindas. A poesia é tudo o que o ser humano interioriza. Tudo o que permanece dentro de nós, tudo o que sentimos, o que vivemos, o que sofremos, é tudo o que guardamos para nós e não contamos às pessoas, é uma “amiga” que nos ouve entende e compreende quando todos os outros não o fazem, é o desabrochar para um pedaço de papel o que somos, o que queremos, o que é existente e inexistente. É sentir o que se escreve.
Escrever numa tentativa de alcance do infinito, olhá-lo e vivê-lo, tornando assim talvez as coisas reais em irreais, e as irreais em reais.
Não é necessário sermos poetas para escrevermos um poema. É sim preciso ser humano, porque para escrever basta sentir. Compara-se a cantar: todas as pessoas sabem cantar, mas uma melhor que as outras.