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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Poema

Será paixão?
Será felicidade?
Talvez minha ilusão
Por detrás da tua realidade.

Aquele aperto no coração
Que o medo da saudade
Anseio por afastar
Mas a distancia é verdade

O arrepio distante
Que a palavra "Amo-te" provoca
Sem o sentimento
Ser realmente sentido.

O teu simples olhar,
O teu doce sorriso.
Todas as maravilhosas palavras
Guardá-las-ei como pediste.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Florbela Espanca - "Viver é não saber que se vive"

Biografia:
Florbela Espanca era uma poetisa portuguesa, nascida em Vila Viçosa a 1894. Viveu toda a sua vida com o seu pai, madrasta e irmão com quem mantinha uma ligação muito forte. Casou-se 3 vezes e todas essas falhadas.
Estudou no liceu de Évora e em 1917 concluio a secção de Letras do Curso dos Liceus. Nesse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que procuravam impor-se. Colaborou em jornais e revistas. Em 1919 publicou a sua primeira obra poética: “Livro de Mágoas”. Em 1923, “publicou o Livro de Sóror Saudade”.
Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos, tendo sido apresentada como causa da morte um «edema pulmonar».
Enquanto escritora:
As obras de Florbela caracterizam-se por acontecimentos que marcaram profundamente a sua vida (casamentos falhados, desilusões amorosas, a morte do irmão, etc). Na poesia ela recorria a temas do sofrimento, solidão, desencanto, mas também uma imensa ternura e um desejo de felicidade e grandeza. Com uma linguagem violenta é de um sensualismo muitas vezes erótico. A paisagem Alentejana é muitas vezes apresentada quer em imagens quer nos poemas por ela escritos.
A prosa de Florbela exprime-se através do conto e de um diário que escreveu antes da sua morte e em cartas várias. Nas diferentes manifestações sobressaem qualidades nem sempre presentes, naturalidade e simplicidade.
Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Segue a linha de António Nobre, mas a técnica do soneto, que a celebrizou, é sobretudo, influência de Antero de Quental e de Camões. É considerada a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX. Alguns críticos atribuíram-lhe o “dom-joanismo” no feminino.

A Poesia

Um mar de emoções, onde todas elas são bem vindas. A poesia é tudo o que o ser humano interioriza. Tudo o que permanece dentro de nós, tudo o que sentimos, o que vivemos, o que sofremos, é tudo o que guardamos para nós e não contamos às pessoas, é uma “amiga” que nos ouve entende e compreende quando todos os outros não o fazem, é o desabrochar para um pedaço de papel o que somos, o que queremos, o que é existente e inexistente. É sentir o que se escreve.
Escrever numa tentativa de alcance do infinito, olhá-lo e vivê-lo, tornando assim talvez as coisas reais em irreais, e as irreais em reais.
Não é necessário sermos poetas para escrevermos um poema. É sim preciso ser humano, porque para escrever basta sentir. Compara-se a cantar: todas as pessoas sabem cantar, mas uma melhor que as outras.