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domingo, 18 de janeiro de 2009

Menina e Moça, Bernardim Ribeiro

Nada ao certo se sabe sobre a vida de Bernardim Ribeiro. Pensa-se que terá nascido em 1482 e falecido em 1552. Pensa-se que de origem hebraica, foi um escritor português renascentista, caracterizado pelo arcaísmo da sua linguagem e por não ser erudito. Bernardim foi o antecipador do bucolismo em Portugal, o que o tornou uma personagem deveras importante. Jovem, frequentou a corte de Lisboa e colaborou no Cancioneiro Geral juntamente com alguns poetas portugueses conhecidos. Esteve algum tempo em Itália, onde teve oportunidade aceder a algumas inovações literárias. Os textos de Bernardim confinam um pensamento místico pessimista, em torno do amor e da saudade.
A sua principal obra é a novela “Menina e Moça”. Romance este editado por três vezes. A primeira em 1554 com o título “História de Menina e Moça”, em 1557-1558 foi editada novamente com o título “Saudade” e a terceira em 1559 feita a partir da 1ª edição. A 2ª edição inclui um prolongamento que é aceite como sendo do autor somente até ao capítulo XXIV.
Este texto apresenta uma abundância de tópicos ficcionais, tanto no plano da história literária como no plano do conteúdo. O livro é iniciado com um monólogo de evocação de deslocação e de mudança de vida; é um amontoado de componentes da novela de cavalaria, do romance pastoril e da novela sentimental. Como a sua categoria indica,
As constantes semânticas deste livro baseiam-se no amor, natureza, mudança e distância. Bernardim Ribeiro foi o primeiro na literatura portuguesa a desprender-se relativamente das convenções da ficção contemporânea para assumir o estatuto de narrativa feminina, pronunciando a solidão e a saudade nesta importante figura humana. Enumerou juntamente neste livro, o texto de análise decisiva e minuciosa do sentimento amoroso, na sua faceta de entrega dedicada e amargurada.
Um investigador que sugeriu Bernardim Ribeiro como hebraico, justificou-se com algumas passagens do livro “Menina e Moça” em que este se mostra com um estilo de lamento e queixa, mesmo algo bíblico, e algumas sugestões a perseguições do povo hebraico, subentendidas nas falas de uma personagem.
Podemos concluir que ”Menina e Moça” tem um fundo autobiográfico.

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