“Um homem só deve fallar, com impeccavel segurança e pureza, a língua da sua terra: - todas as outras as deve fallar mal, orgulhosamente mal, com aquelle accento chato e falsoque denuncia logo o estrangeiro. Na língua verdadeiramente reside a nacionalidade; e quem fôr possuindo com crescente perfeição os idiomas da Europa vai gradualmente soffrendo uma desnacionalisação.”
“Meu bom amigo, uma religião a que se elimine o ritual desapparece – porque as religiões para os homens (com excepção dos raros Metaphysicos, Moralistas e Mysticos) não passa d’um conjunto de ritos através dos quaes cada povo procura estabelecer uma communicação intima com o seu Deus e obter d’elle favores. Este, só este, tem sudo o fim de todos os cultos , desde o mais primitivo, di culto de Indra, até ao culto recente do coração de Maria, que tanto o escandalisa na sua parochia – oh incorrigível beato do idealismo!”
“Chagáramos a uma estação que chamam de Sacavém – e tudo o que os meus olhos arregalados iram do meu paiz, através dos vidros húmidos do wagon, foi uma densa treva, onde mortiçamente surgiram aqui e além luzinhas remotas e vagas.”
“Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres, todos fazemos parte do estado, e todos nos tratamos por Excelência.”
“Era a bonacheirice, a relassa fraqueza que nos enlaça a todos nós portugueses, nos enche de culpada indulencia uns para os outros, e irremediavelmente estraga entre nós toda a disciplina e toda a ordem.”
(as frases encontram-se com a escrita equivalente ao original no livro.)
sábado, 31 de maio de 2008
Correspondência de Fradique Mendes
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caroli'na
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